ACADEMIA NORTE -RIO-GRANDENSE DE LETRAS, CRIADA EM 14 DE NOVEMBRO DE 1936, NATAL-RN

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sexta-feira, 20 de maio de 2022

HISTÓRIA DA ANL

 


HISTÓRIA DA ANL

A fundação da ANL foi uma resposta de Cascudo aos apelos da Federação das Academias de Letras. Assim como a Academia Brasileira de Letras, criada em 1896, a ANL também se emoldurou com base na Academia Francesa, a primeira do mundo, fundada em 1635.

Presente na data de fundação da ANL, Adauto Câmara, Edgar Barbosa, Januário Cicco, Otto de Brito Guerra, Antônio Soares de Araújo, Nestor Lima, Floriano Cavalcanti e Luís Gonzaga de Monte, entre outros.

O RN colecionava intelectuais de reconhecida capacidade. Mas faltaram nomes para preencher as 40 cadeiras (número inspirado na ABL) e apenas 25 imortais protagonizaram as primeiras vagas da ANL. Em 1943, o número era de 30 acadêmicos, alcançando, mais tarde “a tarefa realizada dos 40 e seus sucessos no tempo”, como afirmou Cascudo.

Mesmo fundador da Academia, Cascudo recusou-se a aceitar a presidência. Mais tarde também rejeitaria o convite para ser membro da ABL; convite enviado por votação unânime dos chamados imortais.

Segundo Diógenes da Cunha Lima, Cascudo alegou ser apenas um provinciano. Talvez daí venha a origem da frase “Sou um provinciano incurável”.

Cascudo seria o quinto representante potiguar na história da ABL. Os outros quatro são o médico e ficcionista, estudioso das artes e ciências, Peregrino Júnior; o historiador Rodolfo Garcia; e os ainda atuantes, o jornalista e escritor Murilo Melo Filho e, mais recentemente, o diplomata Almino Afonso, nascido em Mossoró.

Com a recusa de Cascudo, o bacharel em direito e escritor Henrique Castriciano foi eleito o primeiro presidente da ANL, tendo como secretários Adherbal de França e Edgar Barbosa.

Ativista pelos direitos da mulher, sobretudo no campo da educação (criou a Escola Doméstica de Natal), Henrique Castriciano escolhe patrona de sua cadeira a idealista, revolucionária e escritora Dionísia Gonçalves Pinto, ou Nísia Floresta Brasileira Augusta, como é mais conhecida.

A irmã de Castriciano, a poeta Auta de Souza, que morreu prematuramente aos 24 anos, também foi homenageada pela ANL como patrona da cadeira de número 20.

PATRONOS E AUSENTES

Além dos 40 patronos escolhidos quando da fundação da ANL pelos 40 primeiros ocupantes das cadeiras, houve mais de 100 sucessores (EXATAMENTE 143) ao longo dos 86 anos de história da Academia.

Muitos ficaram de fora, seja por derrotas em suas candidaturas, seja por rejeição ao convite ou por esquecimento da instituição. Casos de Deífilo Gurgel, Zila Mamede, Moacy Cirne, François Silvestre, Marize Castro…

Entre os imortais, estão padres, políticos, jornalistas, historiadores, artistas plásticos, folcloristas, cronistas, pesquisadores, médicos, juristas… Mas predominam mesmo os poetas.

E, tristemente, uma amarga maioria de homens. Entre os 40 patronos, três mulheres: Nísia Floresta, Isabel Gondim e Auta de Souza. Entre os 40 primeiros ocupantes, apenas Carolina e Palmyra Wanderley.

E o quadro parece não se alterar. Entre os mais de 80 sucessores, apenas mais cinco mulheres: Maria Eugênia Montenegro, Anna Maria Cascudo, Sônia Fernandes Ferreira, Diva Cunha e, mais recentemente, Leide Câmara.

PRIMÓRDIOS E DIFICULDADES

No início, ainda sem sede própria, as primeiras reuniões dos acadêmicos se davam em locais variados. O Instituto Histórico e o Atheneu foram os espaços mais usados.

Foi o então governador Sylvio Pedroza (depois acadêmico) quem doou o terreno na rua Mipibu para construção do prédio da ANL, inaugurado em 28 de junho de 1958, na administração de Manoel Rodrigues de Melo.

Hoje, sendo associação privada sem fins lucrativos, a ANL é mantida pelos acadêmicos. Por vezes recebe verba do Governo do Estado, mas sem regularidade. Alguns espaços do prédio são alugados e ajudam na manutenção.

FONTE – TRIBUNA DO NORTE

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